Você consegue identificar qual é seu estado emocional?

É grande a importância de se descobrir, identificar e diferenciar as emoções. Sem essa sabedoria, você não conseguirá se equilibrar emocionalmente. Essa afirmação diz respeito a conseguir entender o que passa internamente com você, acolher seu sentimento e ter a possibilidade de transformar situações em sua vida. 

Se não compreende a razão e o motivo de algum sentimento, não conseguirá dar um rumo e fazer uso dele. Há relatos de pessoas que não sabem, não entendem ou até estranham seus sentimentos em alguma circunstância. Assim como, por vezes não aceitam determinado sentimento, onde a consequência pior a acontecer é negá-lo e com isso o resultado é uma avalanche de problemas decorrentes, como por exemplo acarretar doenças, maior sofrimento, viver em mentiras, e principalmente estar inconsciente sobre si mesmo. 

Para se manter saudável emocionalmente, é preciso atentar para alguns passos a seguir e executá-los:

  1. Identificá-lo: entender seus sentimentos
  2. Definí-lo: nomear o sentimento
  3. Acolhê-lo: permitir sentir
  4. Aceitá-lo: se há negação, inicia o desequilíbrio.
  5. Entendê-lo: avaliar se é construtivo , discriminando se é positivo ou negativo em sua vida.
  6. Transformar a situação que vive se assim fôr necessário.

Até este momento parece algo simples, mas o que ocorre é que em algumas situações de vida, qualquer pessoa pode não compreender seus sentimentos. Isso acontece por falta de  autoconhecimento. Daí a importância da Psicoterapia. 

Em algum momento de nossas vidas, precisamos que alguém nos ensine, explicando o que estamos sentindo. A criança, o adolescente e mesmo o adulto precisam aprender o que, e quais são os sentimentos existentes. 

Os tutores podem aproveitar uma vivência da criança e do adolescente para orientá-lo. 

E se observarmos, podemos passar anos durante a vida sem ter vivenciado um determinado sentimento, e devido uma situação específica, sentimos algo novo. E se não conhecemos essa emoção? 

É possível surgir sentimentos ambivalentes, aqueles que traduzem os opostos ou sobrepõem-se, e geram mais desconforto. E o que fazer?

Para isso existem os profissionais da Psicologia, treinados ao serviço. Pois conhecer nomeações de sentimentos todos podem, mas a dificuldade é quando uma emoção  desperta e não se sabe o que fazer com ela. E o caminho é o entendimento de todas as variáveis implicadas, uma compreensão completa do momento de vida do indivíduo.

Interessante acompanhar as definições abaixo.

Emoções: 

São reações intensas e breve do organismo referente a uma situação inesperada, as quais se acompanham de um estado afetivo agradável ou penoso. São estados afetivos inatos e automáticos que afetam nosso corpo, nossa mente, e nosso comportamento. O propósito das emoções é nos ajudar a lidar com o que acontece à nossa volta. Quando se fala em emoção, nela estão contidos todos os sentimentos. Como por exemplo, o nosso estado emocional reflete alguns sentimentos.

Sentimentos:

Seriam o ato ou efeito de vir à tona as emoções. São a tomada de consciência dessas emoções. Eles servem para expressar nosso estado emocional de maneira mais racional para os outros e para nós mesmos, ou seja, são a nomeação e a organização mental sobre nossa emoção.

Há sentimentos que trazem sensações agradáveis, outros, desagradáveis. Podem trazer efeitos positivos, os quais podem agregar situações, pessoas e objetivos a nossas vidas, ou  negativos, os quais podem atrapalhar. E não necessariamente o sentimento desagradável é prejudicial, por exemplo o medo em uma escala razoável pode levar o indivíduo a se preservar e não cair em armadilhas em sua vida. Assim como a paixão pode levar a atitudes destrutivas.

 Tipos de sentimentos:

1) Os que são popularmente chamados negativos, mas na verdade trazem uma sensação desagradável:

Ódio: grande antipatia, aversão por algo ou alguém

Raiva: ira, cólera, fúria, em situações injustas ou que ameaçam o bem-estar

Irritação: estado de nervosismo ou cólera contida

Tensão: condição de retesamento

Tristeza: desalento, consternação

Remorso: inquietação por culpa

Culpa: falta por princípio ético, ou obrigação

Vergonha: desonra, humilhação diante de outrem

Insegurança: falta de firmeza, convicção

Timidez: acanhamento

Confusão: estado de desordem

Medo: inquietação frente ao perigo ou ameaça, real ou imaginária

Aversão: antipatia, repugnância

Hostilidade: ato de inimizar, contrariar

Incompreensão: falta de entendimento e percepção

Desamparo: estado de abandono e esquecimento

Solidão: viver sozinho e isolamento

Melancolia: estado de tristeza indefinida

Tédio: estado de aborrecimento, fastio e desgosto

Desalento: desânimo, desesperança

Desilusão: desengano

Frustração: privação de uma necessidade

Inveja: pesar pelo bem ou felicidade alheio

Mágoa: amargura, desgosto, pesar

Ciúme: receio de perder

Desespero; aflição extrema, furor

Pânico: estado de terror

2) Os que são popularmente chamados positivos, mas na verdade trazem uma sensação agradável:

Ternura: carinho meigo e afetuoso

Amor: devoção extrema, dedicação  absoluta ao outrem ou algo

Prazer: satisfação, deleite

Gratidão: estado de agradecimento e reconhecimento

Compaixão: pesar pela infelicidade de outrem

Satisfação: deleite, aprazimento

Entusiasmo: arrebatamento, dedicação ardente

Alívio: ato de tranquilizar, descarregar

Serenidade: paz, tranquilidade

Felicidade: estado de ventura, satisfação

Alegria: estado de contentamento

Admiração: estado de aprovar, considerar, inspirar, estimar

Orgulho: estado de dignidade e aprovação pessoal, ou alheia

3) Os que podem ser tanto agradáveis ou desagradáveis dependendo do contexto:

Saudade: desejo de rever e estar com pessoas, situações ou coisas

Perplexidade: estar espantado, atônito, admirado

Esperança: ato de esperar, querer obter probabilidades

Euforia: alegria expansiva e intensa

Desejo: cobiça, ambição, anseio

Indiferença: desprendimento, descaso, desdém, falta de interesse e de atenção.

Algumas sensações que podem ocorrer durante a vida e faz parte da rotina atendida em consultório psicológico, e estão ligadas ou não a transtornos psíquicos, são elas:

desespero, estresse, angústia, ansiedade, apatia, euforia, melancolia, timidez, tensão, remorso, culpa, pânico, fobia, preocupação, inferioridade, superioridade, indiferença e todos aqueles que trazem um desconforto existencial, podendo incluir aqueles também chamados positivos, conforme fatos em que a pessoa se encontra.

O equilíbrio emocional alavancará você a tomar decisões mais assertivas, em todos os setores da vida, o profissional/financeiro, relacionamentos amorosos e sociais. Como exemplo disso lembro as compras realizadas por produtos, devido a uma carência, e o resultado é se endividar. Ou se manter em relacionamentos insalubres por não estar em conexão interior, percebendo o que realmente necessita. Ou decidir algo por pressa impulsivamente e a consequência é adquirir problemas. Entre tantas outras escolhas equivocadas por desequilíbrio emocional. E este equilíbrio se conquista com aceitação e um estado de espírito de paz para consigo, onde há a compreensão, o acolhimento, a reflexão e a transformação em atitudes de todos os sentimentos que possuis em relação a uma experiência em sua vida. 

Você está disposto a enxergar abrangentemente uma situação que vivenciou? Compreender as razões de todos os envolvidos, e isso inclui as suas? De se ocupar de pensamentos e atividades construtivamente, deixando de ruminar as sensações negativas que passou? Você escolhe se cuidar, atentando para sua saúde, sua alimentação, seu sono, sua atividade física, algum  tratamento seu específico com profissionais de saúde? Buscar companhias que agreguem e que haja respeito entre ambos? Procurar até encontrar um ambiente de trabalho salubre? Eleger distrações, diversões e hobbies que lhe agradem? Escolher uma religião ou espiritualidade que faça sentido e traga respostas? Você escolhe fazer as pazes com seus entes queridos, percebendo que, todos sem exceção falhamos? E principalmente, reconhecer o que sente, para assim se preciso, alterar ou pelo menos tentar mudar, alguma perturbação em sua vida? A aprovar, aceitar e se amar?

Portanto o equilíbrio se estrutura com esforço pessoal. Mesmo que não consiga conquistar necessariamente as situações mais funcionais em sua vida. Nem sempre se consegue o trabalho dos sonhos, o parceiro e as amizades ideais, a família perfeita, o corpo almejado e o financeiro seguro. Mas se o caminhar fôr de fazer a própria parte, o resultado estará traçado. É preciso identificar o que precisa ser modificado em sua vida, ou mesmo em si mesmo. E finalmente aceitar, depois de verificar se foi feito tudo que estava a seu alcance para modificar, sobre a situação que se encontra.

Atente, perceba e reconheça seu estado emocional, e aprenda a lidar com ele, para disfrutar de uma vida plena e saudável.

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